O LEPROSO

Quando ele (Jesus) desceu do monte, grandes multidões o seguiram.

Um leproso, aproximando-se, adorou-o de joelhos e disse: "Senhor, se quiseres, podes purificar-me!"

Jesus estendeu a mão, tocou nele e disse: "Quero. Seja purificado! " Imediatamente ele foi purificado da lepra. Mateus 8.1-3.

Sabemos que a lepra era uma doença terrível e incurável, um leproso era um desafortunado, uma espécie de "vivo-morto". O leproso comportava-se como se já tivesse morrido, trajava-se como os que estão de luto, permanecia afastado da comunidade como se já não existisse mais (Levítico 13.46).
Jesus era simples, se deixava interromper, Ele era acessível. Mas o fato de um leproso se aproximar poderia mudar toda a história.

Um leproso era um fator de risco à sociedade. Ele deveria viver afastado de todos. Era obrigado a dizer que era leproso para que os outros soubessem e pudessem se afastar.

Deveriam constantemente dizer: se afaste, eu sou um risco, eu sou leproso, eu sou um risco à saúde pública, saiam, saiam, saiam, eu preciso passar. Imagine isso por dias, meses e anos e décadas...

Caso não dissesse que era leproso, poderia ser apedrejado e morto, consequentemente.

Mas este leproso se aproximou de Jesus sem dizer nada. Confiou em Jesus, se prostrou de joelhos O chamando de Senhor. E somente o imperador romano poderia ser chamado por este título. ( Ele fez isso, mesmo sabendo que a maioria dos judeus achavam que Jesus era simplesmente um homem qualquer.)

Mas este leproso simplesmente não se ajoelhou, ele tocou seu rosto em terra e adorou a Jesus.

Jesus é acessível, não precisa de secretário, não era necessário permissão dos discípulos para se achegar a Ele. Não precisa marcar horário para falar com Ele. Jesus é confiável, não conta nossos segredos a ninguém, como muitos o fazem por aí. Com Ele é cara a cara, é olho no olho, com Ele não tem transferência para resolução de problemas, nem cura de doenças, Ele resolve na hora, Ele cura na hora!

A lepra de hoje é a hanseníase e tem cura, mas naquela época não havia nenhuma possibilidade de cura.

Ele disse: "Senhor, se quiseres, podes purificar-me! " Jesus poderia também entregá-lo às autoridades para que fosse apedrejado. Jesus não o entregou, não cobrou nada em troca, não o expôs. Simplesmente o recebeu e disse: Quero! Fica limpo!
Segundo a Lei de Moisés, qualquer pessoa que tocasse em um leproso ficaria como ele ( Levítico 13.44-46 ). No entanto, neste caso, estava o próprio Filho de Deus, o Pai, encarnado, como poderia ser contaminado pelo pecado?
Vamos enumerar algumas situações:
1. O pecado pode manchar o homem: Romanos 3.23 - "Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus". Versão King James.
2. Jesus pode limpar o homem da mancha do pecado: Mateus 9.6 - "Ora, para que saibais que o Filho do Homem tem sobre a Terra autoridade para perdoar pecados ( disse então ao paralítico): Levanta-te, toma o teu leito, e vai para tua casa". Versão João Ferreira de Almeida.
3. O pecado não pode manchar a Jesus: Hebreus 4.15 - "Pois não temos um sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas, mas sim alguém que, como nós, passou por todo tipo de tentação, porém, sem pecado". Versão NVI.
4. Jesus é Deus e pode purificar pecados: Isaías 1.18 - "Venham, vamos refletir juntos", diz o Senhor. "Embora os seus pecados sejam vermelhos como escarlate, eles se tornarão brancos como a neve; embora sejam rubros como a púrpura, como a lã se tornarão" Versão NVI.
Só não esqueça de um detalhe: Não peques mais! João 8.10,11 - "E endireitando-se Jesus, e não vendo ninguém mais do que a mulher, disse-lhe: Mulher, onde estão aqueles teus acusadores? Ninguém te condenou? E ela disse: Ninguém, Senhor. E disse-lhe Jesus: Nem eu também te condeno; vai-te, e não peques mais". Versão Almeida Corrigida Fiel.

Mas Jesus o tocou, não foi contaminado, entretanto, causou uma reação contrária. Instantaneamente aquele leproso foi regenerado. Antes de Jesus o curar da lepra, Ele o curou da rejeição. Este leproso deve ter se sentido nos braços de Jesus uma pessoa muito especial. Jesus não o tratou como as demais pessoas o trataram, Ele não se afastou dele, Jesus não sentiu medo de ser contagiado pela doença, Ele não ficou com nojo daquele leproso. Ao contrário de tudo isso, Jesus o recebeu, o tocou e o curou na mesma hora.

O leproso sabia que Jesus podia curá-lo. Aquele leproso sabia que Jesus realmente era quem dizia ser: O FILHO DE DEUS! Sabia que Jesus podia transformar a sua vida para sempre.

Nós todos deveríamos chegarmos a Jesus como aquele leproso fez. Todos nós deveríamos gritar: eu sou leproso, fique longe de mim, eu sou uma ameaça a sociedade, eu sou um risco à saúde pública.

Quando nós quebramos nossa aliança com Deus, ficamos leprosos, e tudo o que a gente toca a nossa maldade infecta.

Jesus poderia nos mandar para o Inferno, mas Ele nos recebeu e nos limpou de todos os nossos pecados, de todas as nossas maldades, de todas as nossas culpas. Jesus não apenas nos limpa, como nos garante que todas as vezes que nós cairmos na desgraça do pecado, bastará confessarmos para ele nossos pecados que não só nos perdoará como nos limpará novamente e nos dará o direito de comungarmos com Ele.

Precisamos reconhecer que Jesus é o Filho de Deus para que possamos ser dignos da atenção de Jesus e de Seu poder curador e salvador.

A história de Naamã é um belo exemplo de como não devemos ser orgulhosos e prepotentes, a ponto de ignorarmos tudo em volta.

Naamã precisou obedecer a ordem do Senhor, falada pelo profeta Elizeu e mergulhar as sete vezes no Rio Jordão.

Não importa como será a manifestação de Deus na sua vida, quando Ele resolver te curar, Ele vai fazer isso como o apraz.

E são vários tipos de lepra que mancham e acometem a humanidade. Qual é a sua lepra? Qual é a sua mancha? Por que você deveria manter-se afastado de todos na sociedade? Se você não se afastar, que catástrofes você poderá causar às pessoas a sua volta?

Jesus pode curá-lo, Jesus pode curar o seu interior e te fazer uma pessoa feliz e transformada para sempre. Só precisa reconhecer o que você é e quem é Deus! 

Levi de Paula, em 20 de dezembro de 2015.

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